Herança para o pet: o que acontece com o seu cachorro se você morrer?
- Camilla Cortez

- 9 de out.
- 2 min de leitura
O amor não acaba com a morte
Para quem tem um animal de estimação, ele não é “só um pet”, é parte da família. Por isso, é natural que surja a dúvida: “se eu morrer, como fica o meu cachorro?”

A resposta pode surpreender: a lei não permite deixar herança diretamente para o pet, porque, juridicamente, ele não é considerado uma pessoa, mas sim um bem sem personalidade jurídica. Mas isso não significa que o seu animal ficará desamparado.
Existem formas seguras e legais de garantir que ele seja cuidado exatamente como você deseja.
É possível deixar herança para o pet?
Não. A legislação brasileira não permite que um animal seja herdeiro, porque apenas pessoas físicas ou jurídicas podem receber herança. No entanto, é possível organizar um testamento que beneficie uma pessoa de confiança para cuidar do pet, direcionando recursos financeiros especificamente para esse fim.
Essa é uma maneira inteligente de proteger o animal e, ao mesmo tempo, assegurar que a pessoa escolhida tenha condições de prover alimentação, cuidados veterinários e conforto ao bichinho.
Como garantir que o seu cachorro será cuidado
A forma mais segura de garantir o cuidado do seu pet após o falecimento é por meio de um testamento.
Nele, você pode:
Nomear uma pessoa de confiança para ser responsável pelo animal;
Destinar bens ou valores a essa pessoa, com a obrigação de utilizar os recursos para o cuidado do pet;
Indicar orientações específicas, como rotina de alimentação, cuidados médicos e ambiente de convivência.
Esse tipo de disposição é totalmente válida e aceita em testamentos, desde que redigida com a orientação de um advogado especializado.
Posso deixar um imóvel ou dinheiro para quem cuidar do meu pet?
Sim. O testamento pode indicar que determinada pessoa receberá um bem (ou quantia) com a condição de cuidar do seu pet após a sua morte. Essa é uma forma legítima de proteger o animal e garantir que a sua vontade seja respeitada.
Por exemplo: você pode deixar um valor em dinheiro para um amigo ou parente, com a cláusula de que ele deve usar os recursos para manter o cachorro. Em casos mais complexos, também é possível nomear um executor testamentário, que fiscalizará o cumprimento da vontade deixada.
Pensar nisso é mais que amor: é responsabilidade
Garantir o futuro do seu pet é um gesto de amor e planejamento. Assim como protegemos os filhos e os bens, também podemos planejar o destino dos nossos animais, evitando que fiquem desamparados ou acabem em abrigos.
Um testamento bem estruturado é a melhor forma de garantir que o amor e o cuidado que você tem hoje pelo seu pet continuem mesmo depois que você se for.
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