Inventário atrasado: quais são os riscos reais para o patrimônio?

Inventário atrasado pode gerar multas, juros, perda de patrimônio e até brigas judiciais. Entenda os riscos e como proteger a herança da sua família.

Inventário atrasado: multas e juros sobre o ITCMD

O prazo legal para dar entrada em um inventário é de 60 dias a partir do falecimento. Se esse prazo não for cumprido, começam a incidir multas e juros sobre o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação).Quanto maior o atraso, maior será a penalidade. Em alguns estados, a multa pode ultrapassar 20% do valor do imposto.

Inventário atrasado: desvalorização e perda de bens

Além da multa, um inventário atrasado pode impactar diretamente no valor do patrimônio.

• Imóveis: sem manutenção ou regularização, podem perder valor de mercado.

• Veículos: sofrem depreciação natural com o tempo.

• Cotas de empresas: podem se desvalorizar caso a sociedade enfrente crise.

• Investimentos e contas bancárias: ficam bloqueados até a conclusão do inventário.

Na prática, isso significa que recursos que poderiam ser usados até mesmo para custear o próprio inventário ficam inacessíveis.

Inventário atrasado: impacto nas negociações

Imagine que alguém queira vender um imóvel que ainda está em nome de uma pessoa falecida. Se os herdeiros não abriram o inventário, a venda não pode ser feita legalmente. Na melhor das hipóteses, o comprador exigirá redução no valor pelo risco da negociação. Na pior, a venda simplesmente não acontece.

Reforma tributária e inventário atrasado

Com a reforma tributária em discussão, há previsão de aumento da alíquota do ITCMD e até a criação de novas regras para transmissão de bens.Ou seja: quanto mais tempo o inventário ficar parado, mais caro pode se tornar.

Deixar o inventário atrasado é um risco que pode custar muito caro para os herdeiros. Além das multas e juros, há a possibilidade de perder valor de mercado e enfrentar longas disputas judiciais.

Se você está com um inventário atrasado ou precisa abrir um, procurar uma especialista em sucessões pode ser o passo que vai evitar perdas financeiras e proteger o patrimônio da família.

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