Quanto um pai pode doar para um filho? Entenda os limites da lei
- Camilla Cortez

- 23 de set.
- 2 min de leitura
Saiba quanto um pai pode doar para um filho segundo a lei brasileira, quais são os limites e cuidados para evitar brigas na herança.

Muitos pais desejam ajudar os filhos em vida, seja doando um imóvel, dinheiro ou outro bem. Mas surge a dúvida: quanto um pai pode doar para um filho sem prejudicar os demais herdeiros? A resposta está na lei, que estabelece limites para proteger tanto o doador quanto os herdeiros.
Quanto um pai pode doar para um filho segundo a lei?
A legislação brasileira é clara: um pai pode doar para um filho até 50% do seu patrimônio. Isso porque a outra metade, chamada de legítima, é reservada por lei aos herdeiros necessários (filhos, cônjuge e, em alguns casos, os pais).
Além disso, o Código Civil proíbe a doação de todo o patrimônio, já que é preciso reservar parte suficiente para garantir a subsistência do doador.
Doação em vida é adiantamento de herança
Quando um pai doa um bem a um filho, essa doação é considerada adiantamento de herança. Isso significa que, no inventário, o valor ou bem doado precisa ser informado na chamada colação, para que se verifique se não houve excesso em relação ao limite legal.
Se o pai tiver doado mais de 50% de seu patrimônio, os demais herdeiros podem pedir compensação ou até mesmo a anulação da doação.
É possível dispensar a colação?
Sim, existe a possibilidade de o doador incluir uma cláusula de dispensa de colação, para que o filho não precise trazer o bem recebido em vida ao inventário. Essa opção, no entanto, precisa ser avaliada com cuidado, pois pode gerar desequilíbrio entre os herdeiros e abrir espaço para disputas.
Em resumo: um pai pode doar até 50% do patrimônio para um filho, desde que mantenha o necessário para sua própria manutenção. A doação pode ser uma ferramenta útil para organização patrimonial, mas precisa ser planejada para não causar conflitos na herança.
Se você está pensando em doar bens em vida ou já recebeu uma doação e quer entender como isso impacta no inventário, fale com uma advogada especialista em Direito de Família e Sucessões. Assim, você garante segurança e tranquilidade para toda a família.
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