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Situações em que o testamento é útil: quando vale a pena fazer um?

  • Foto do escritor: Camilla Cortez
    Camilla Cortez
  • 6 de out
  • 3 min de leitura

O testamento é uma das ferramentas mais estratégicas do planejamento sucessório, e ao contrário do que muita gente pensa, ele não substitui o inventário, mas o complementa.

Na prática, o testamento serve para garantir que a vontade de quem faleceu seja respeitada, especialmente em situações em que a lei, sozinha, não seria suficiente para atender aos seus desejos.


Mas afinal, em quais situações o testamento é realmente útil?

Abaixo, você vai entender quando esse documento pode fazer toda a diferença.


Mulher de meia-idade, de pele morena clara, sentada tranquilamente em um sofá enquanto assina um documento de testamento sobre uma mesinha de centro em uma sala iluminada e acolhedora

Testamento é útil quando há incerteza sobre o destino dos bens

Nem sempre quem faz um testamento tem tudo decidido. Às vezes, a pessoa quer deixar os bens para alguém, mas ainda não tem plena certeza sobre como ou em que proporção fará isso. Por isso, o testamento é uma ótima alternativa à doação em vida, justamente porque pode ser revogado ou alterado a qualquer momento, enquanto a doação, na maioria dos casos, é irreversível.


Por exemplo: um casal com filhos pode usar o testamento para destinar um imóvel aos herdeiros apenas após o falecimento, sem precisar transferir agora. Assim, mantém a flexibilidade e o controle sobre o patrimônio, podendo mudar de ideia se a realidade familiar ou financeira mudar.


Testamento é útil para proteger o cônjuge ou companheiro

Outra das situações em que o testamento é útil é na proteção do cônjuge ou companheiro (especialmente diante das mudanças que vêm sendo debatidas na reforma do Código Civil).

A proposta retira o cônjuge da categoria de herdeiro necessário. Ou seja: se uma pessoa casada ou em união estável falecer sem testamento, os bens podem acabar indo apenas para os pais ou outros herdeiros, deixando o parceiro desamparado.


Com o testamento, é possível garantir que parte do patrimônio fique com o cônjuge sobrevivente, assegurando sua estabilidade financeira e respeito à vontade de quem partiu.


Testamento é útil quando há bens ainda não quitados

Também é possível usar o testamento para dispor de bens que ainda estão sendo pagos.

Imagine alguém com dois imóveis financiados, que deseja deixá-los aos filhos, mas teme não conseguir quitá-los em vida.


Com o testamento, essa pessoa pode registrar sua intenção e determinar que, quando os bens forem totalmente pagos, eles sejam destinados aos herdeiros indicados. Isso evita dúvidas, brigas e até disputas judiciais no futuro.


Testamento é útil para reconhecer filhos

Há também uma função menos falada, mas muito importante: o reconhecimento de paternidade.

Se alguém não reconheceu um filho em vida — por vergonha, medo ou razões familiares — pode fazê-lo por testamento. Essa forma de reconhecimento garante que o filho seja oficialmente incluído na sucessão e receba seus direitos hereditários.


É uma maneira discreta, mas juridicamente eficaz, de corrigir uma omissão e assegurar o que é justo.


O testamento não é apenas um documento para quem tem grandes fortunas. Ele é um instrumento de proteção, clareza e justiça familiar, útil para quem deseja:

  • Organizar a herança de forma clara e respeitosa;

  • Garantir proteção ao cônjuge ou companheiro;

  • Prevenir brigas entre herdeiros;

  • E assegurar que sua vontade será cumprida após o falecimento.


Se você quer entender se o testamento é a melhor ferramenta para o seu caso, o ideal é conversar com uma especialista em direito sucessório. Ela poderá avaliar seu patrimônio, contexto familiar e ajudá-lo a tomar a melhor decisão para o futuro.




 
 
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