Sou divorciada, como proteger o meu filho caso eu faleça?
- Camilla Cortez

- 9 de out.
- 2 min de leitura
Pensar no futuro é um ato de amor
Quando uma mulher se divorcia e tem um filho, muitas das suas decisões passam a girar em torno de uma única preocupação: como proteger o meu filho caso eu faleça?

Essa é uma dúvida comum e legítima. Afinal, o falecimento de um dos pais pode trazer consequências jurídicas, emocionais e patrimoniais complexas, especialmente quando o outro genitor não representa a figura de confiança desejada.
A boa notícia é que a lei permite diversas formas de proteger o seu filho e organizar o patrimônio, garantindo que tudo o que você construiu chegue até ele de forma segura e sem conflitos.
O que acontece com os bens de uma mãe que falece?
Quando uma mãe falece, seus bens são transmitidos automaticamente aos herdeiros, entre eles, o filho. Mas, se ele for menor de idade, o pai (ou responsável legal) passa a administrar o patrimônio em nome da criança, o que pode gerar preocupações quando não há uma boa relação ou confiança entre as partes.
Por isso, o planejamento é essencial. Ele permite definir quem vai administrar os bens do seu filho, como e em que condições isso deve ocorrer.
Como proteger o meu filho caso eu faleça?
Existem três formas principais de proteger o filho após o falecimento e garantir que suas vontades sejam respeitadas:
1. Testamento
O testamento é o instrumento mais direto para deixar claro como seus bens serão distribuídos e quem será responsável por administrar o patrimônio do seu filho. Você pode, por exemplo, nomear um tutor de confiança para cuidar dele e um administrador para gerir os bens até que ele atinja a maioridade.
2. Doação com cláusulas protetivas
É possível doar bens ao filho em vida, mas com cláusulas que asseguram que ele só terá acesso total após uma certa idade ou evento específico (como conclusão dos estudos). Essas cláusulas evitam o mau uso do patrimônio e protegem contra eventuais interferências externas.
3. Seguro de vida
Outra forma eficaz de planejamento é o seguro de vida, que garante liquidez imediata para o filho em caso de falecimento.
E se o pai do meu filho não for uma pessoa confiável?
Esse é um dos principais motivos que levam mães divorciadas a buscar o planejamento sucessório. Por meio do testamento e da nomeação de tutor, é possível determinar quem cuidará da criança caso o outro genitor não possa (ou não deva) exercer essa função.
Além disso, o advogado pode ajudar a incluir cláusulas específicas que impedem o acesso indevido aos bens, mesmo que o pai seja o representante legal do menor.
Pensar nisso agora é um gesto de cuidado
Proteger o seu filho não é sobre prever o futuro, mas sobre garantir que, em qualquer cenário, ele esteja amparado. Planejar não é sinal de pessimismo, é sinal de amor, responsabilidade e sabedoria.
Com a orientação certa, é possível deixar tudo organizado e ter a tranquilidade de saber que o seu filho estará protegido juridicamente e financeiramente.
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